Luto trata-se de uma resposta natural a uma perda significativa que pode decorrer de variados acontecimentos de vida: para além da morte de um ente querido, situações de divórcio, diagnóstico de doença crónica, entre outros, podem desencadear um processo de luto.
É uma experiência universal mas ao mesmo tempo muito individual e com um impacto transversal e abrangente a vários níveis da saúde mental:
– intrapessoal (tudo o que sente, pensa, faz, recorda)
– interpessoal (relação com os outros e com a pessoa que perdeu)
– existencial (que sentido tem a vida e as relações, o presente e o futuro)
São vários os fatores que podem fazer com que o processo de luto seja merecedor de atenção especializada. Destacam-se a natureza da relação com a pessoa perdida, as circunstâncias da perda, fatores de stress concorrentes, isolamento acentuado, emoções marcadas e prolongadas (raiva, culpa, insegurança/medo, desesperança), entre outros.
Perante a complexidade da vivência de um luto, urge que a sua avaliação e acompanhamento sejam efetuados por profissionais de saúde mental especializados para o efeito.
